David Chestler
Em Abril de 2021, as reservas de hotéis nos EUA ultrapassaram significativamente os níveis de 2019 - dando uma forte indicação sobre como o "Revenge Tourism" se desenvolverá globalmente.Assim, a nossa 14ª edição do The Hotelier PULSE Report mostrou um maior optimismo em toda a indústria, com mais de 75% dos hotéis reabertos ou planeando reabrir em Maio de 2021. As expectativas de ocupação média mensal também aumentaram substancialmente para todos os segmentos de mercado, e pela primeira vez, a maioria dos hoteleiros espera que o ADR aumente.À medida que os hotéis em todo o mundo se preparam para a procura (antes reprimida) de viagens que está a chegar, falámos com David Chestler, Partner & Sr. Managing - Global Sales Execution da Provision-Partners, para saber como os hotéis podem continuar a fortalecer a sua posição e encontrarem vantagem competitiva na recuperação.
Aqui nos EUA, continuamos a ver sinais esperançosos de uma retoma das viagens com total força.
As reservas de hotéis nos EUA ultrapassaram significativamente os níveis de 2019. Na sua opinião, como é que este sinal de 'Revenge Tourism' se desenvolverá globalmente à medida que mais destinos forem reabertos?
Aqui nos EUA, continuamos a ver sinais esperançosos de uma retoma das viagens com total força. Já começamos a brincar que o vírus já está curado na maioria das regiões da América do Norte. Certos locais, como Orlando ou Las Vegas, estão actualmente a apresentar ocupações muito altas. Enquanto isso, resorts exclusivos e remotos também estão a receber um fluxo de reservas de viajantes dos EUA.
A curto prazo, as viagens continuarão a ser controladas por três factores cruciais - governo, vacinação e confiança do consumidor - não apenas em termos de saúde, mas também de riqueza. A boa notícia é que as barreiras estão a diminuir de dia para dia à medida que a distribuição da vacinação continua e mais voos reabrem, o que aumenta a confiança do consumidor.
À medida que a confiança nas viagens aumenta, as empresas estão a começar a pensar sobre que estratégias devem ser implementadas para capitalizar nesta onda de viagens previamente reprimidas, que estão agora a chegar. Os profissionais de marketing de destino estão a analisar de perto como o Google atrairá clientes e o que é necessário para optimizar a visibilidade e atrair o público certo. Enquanto isso, as equipas da Central de reservas estão a pensar sobre o status das tarifas e disponibilidade.
Embora estejamos a ver mais hotéis a reabrir, muitos dos hotéis maiores permanecem fechados, provavelmente devido a desafios de staff. Essas empresas precisam de re-contractar, treinar e reter funcionários para lidar com a procura que está a chegar, enquanto os hotéis menores são mais ágeis.
É provável que as propriedades já reabertas beneficiem de uma maior procura e de um melhor controlo das tarifas, pois terão mais tempo para colocar em práctica as estratégias correctas. É aqui que veremos alguns hotéis a ter um desempenho muito bom e outros a ter dificuldades porque ainda estarão a tentar descobrir como aproveitar ao máximo a economia da Revenge Travel e dar suporte operacional à procura.
Pela primeira vez no Hotelier PULSE, as expectativas da indústria são de que o ADR possa aumentar moderadamente. Quais as estratégias de preços que os hoteleiros devem adoptar agora para capitalizar a procura na recuperação que está a chegar?
Em vez de reduzir as tarifas para estimular a procura, as empresas devem examinar atentamente o seu conjunto de concorrentes (se ainda existir) para determinar onde se posicionar. Ao fazer a pesquisa, os hotéis serão mais capazes de tomar decisões baseadas em dados sobre se devem manter a linha e permanecer na média, ou tornarem-se um líder de mercado numa área. No seu mercado, os hotéis devem determinar onde têm uma vantagem competitiva em termos de oferta, para que possam manter ou até aumentar ligeiramente as tarifas.